Dada termo em francês que significa “cavalinho de pau” ou “brinquedo de criança”. Esse foi o nome escolhido aleatoriamente pelos criadores do movimento ao folhear um dicionário. Esse termo marca a falta de sentido que pode ter a linguagem assim como a fala de um bebê O Dadaísmo, também conhecido como Movimento Dadá nasce após o início da Primeira Guerra Mundial em 1916 em Zurique e tem como seus principais expoentes Tristan Tzara, Marcel Duchamp, Hans (ou Jean) Arp, Julius Evola, Francis Picabia, Kurt Schwitters, Max Ernst e Man Ray. Esses integrantes e outros propunham uma arte de protesto que chocasse e provocasse a sociedade burguesa da época. Suas obras visuais e literárias baseavam-se no acaso, no caos, na desordem e em objetos e elementos de pouco valor, desconstruindo conceitos da arte tradicional. Kurt Schwitters compôs telas fazendo colagens aleatórias de recortes e papeis que encontrava no cotidiano, como bilhetes de trem, fotografias, selos e embrulhos. Assim o artista expressava a intensão de criar um método de fazer arte que não lembrasse os métodos artísticos tradicionais. Duchamp com seus ready-mades utilizou objetos industrializados e do cotidiano, assinando-os como se fossem de sua autoria, não os trabalhava artisticamente, os considerava prontos assim como os encontrava e exibia como obra de arte. Dessa maneira, objetos sem valor artístico aparente alcançam a condição de obra de arte ao serem retirados de seu contexto e expostos num espaço expositivo como um museu ou galeria. Foi assim que Duchamp criou Roda de Bicicleta, de 1913, uma roda de bicicleta encaixada num banco. Seu mais famoso ready-made, o Urinol, foi assinado pelo artista como “R Mutt”. Assim como Kurt Schwitters, Duchamp também expressou sua rejeição e renúncia aos tradicionais meios de se fazer arte da época, forçando o público apreciador a refletir sobre essas questões. Um dos principais expoentes e fundadores do movimento, Tristan Tzara deu uma espécie de receita para criar um poema dadaísta: Pegue um jornal Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco. Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro. Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com você. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.

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